A exploração dos recursos geotérmicos vive um momento agradável devido aos seus múltiplos benefícios —energia renovável, abundante e sustentável— e à crescente consciência ecológica da sociedade e do parque empresarial. Portanto, é lógico que a popularidade dos Serviços geotérmicos Aveiro e de outras regiões tenha aumentado nos últimos anos.

Os depósitos geotérmicos, definíveis como áreas geográficas que reúnem as condições precisas para a extração desses recursos, podem ser classificados com base na sua temperatura. Assim, os reservatórios com as temperaturas mais baixas variam entre cento e trinta graus Celsius, estando localizados em áreas com presença de aquíferos.

As técnicas aqui utilizadas procuram obter água quente destes reservatórios, necessária para o abastecimento de calor ou redes de aquecimento urbano. Com temperaturas mais baixas, se possível, ficam os reservatórios abaixo de trinta graus, geralmente usados ​​como trocadores de calor, dispositivo que transfere a temperatura entre dois fluidos.

Reservatórios geotérmicos de média temperatura são capazes de fornecer eletricidade a partir de fluidos voláteis. Sua faixa de temperatura está entre cento e cento e cinquenta graus. Do ponto de vista geológico, estes depósitos são especialmente favoráveis ​​e a sua utilidade abrange aplicações industriais e urbanas.

Quanto aos depósitos de alta temperatura, estão localizados em regiões de vulcanismo ativo. A eletricidade pode ser obtida a partir do vapor d’água extraído em explorações geotérmicas.

A temperaturas superiores a cento e cinquenta graus, esta classe de depósitos pode ser subdividida em vários grupos, destacando-se os de rocha quente e seca ou rocha quente e seca. A sua exploração é realizada não por métodos naturais, mas sim por técnicas EGS (pela sigla de Enhanced Geothermal System).

De operação simples, essas técnicas buscam o craqueamento e a circulação de fluidos que possibilitam um reservatório que pode ser utilizado para fins geotérmicos.